Os compositores Os poetas e infratores Insistem em caluniar Na canção maligna Na frígida mortalha De quem não sabe ocultar Quando eu não tinha mais lamento E andava feito um bobo sem tormento nenhum Não que eu precise de desespero para viver Mas levo teu córrego em minhas mãos Estátuas espatifadas De imperfeição adorada Refrão: O lusco-fusco da tarde Te fluiu pra longe de mim E a madrugada desajeitada Te deixou tão úmida assim Repete refrão... Morre-se todo dia Mas nasce-se no mesmo lugar A gente se perdeu de novo Melhor nem pensar em se achar De tanto gesto lírico já estou meio engilhado Camões que me perdoe, não sou adamastor Refrão... Os compositores Os poetas e infratores Insistem em caluniar Na canção maligna Na frígida mortalha De quem não sabe ocultar