Dona dos prazeres, dama de uma paixão Narcisista aflora a própria satisfação. Todo o resto serve a sua soberania. Pisoteia e sapateia e acha que vai ficar Sempre pro mais fraco aguentar. Ria embriagada pra não ter que chorar Um dia vai ter que se olhar no espelho Pra encarar toda a borroqueira que achou Que era maquiagem. Se pintou de esmola, Lavou os cabelos na água suja do rio Pintou os seus lábios com mentiras de flor O seu óleo perfumado é da criança o suor E as canções não destoam. Seus poetas tem os lábios trincados Pelo frio do seu beijar Acreditas que matando um dos teus cativos Ou envenenando um ninho de barraco Terás formula pronta pra enganar O teu próprio reflexo diante do caos. Mas é tua própria lagrima que vai reclamar O borrar de um rosto falso quando a festa acabar