Numa noite enluarada, numa lira apaixonada Minha escola vem mostrar nossa arte e cultura Recheada de mistura nessa festa popular Que o povo canta, brinca e chama carnaval O português descobridor Trouxe a zabumba, o pandeiro e a viola A musa se apaixonou e ele decidiu não ir embora O índio, de chocalho, em pé de guerra Defende a terra com bravura pelo chão O negro, a beleza de uma raça Hoje faz parte da massa, tá na boca do povão De reco-reco, de pandeiro e de ganzá Eu quero cantar, eu quero cantar Meu canto é forte, ninguém vai me segurar Vejam o canto das três raças, como é lindo Um sorriso de esperança vai se abrindo Hoje não tem mais senzala Nossa língua o índio fala Nosso samba, universal Liberdade está no canto, liberdade está na voz No chorinho do cavaco, na viagem pelo som Livre é ser balaku-blaku, liberdade somos nós Eu vou na luz dessa energia, amor, amor Me enfeitiçar nessa magia, eu vou, eu vou Vou no balanço, no repique do tambor