Um dia entediado Um bardo resolveu cantar Tocava notas belas Sobre amor ia falar Em tempos de guerra cantava A profecia Que o demônio errante Reapareceria Foi então que o cavaleiro Preso solto em desespero Resolveu gritar Eu mato esse demônio Trago as tripas dele e com a filha do rei eu vou me casar Eu calo a boca do diabo, mato e volto do Inferno e depois vou reinar Eu falo quase morto O treino é pouco esforço esse demonio vou enfrentar O rei retruca diz Meu filho é louco Sabe o mero esforço que vai te esmagar Eu solto esse teu corpo trancado no fosso E te dou um lugar para treinar Pois muito obrigado vossa majestade Faço tua vontade E assim será Eu me ausento dessa cela Monto numa égua E seja um sacrifício, eu vou tentar E assim foi feito O cavaleiro renegado foi solto Seguiu em meses de esforço para recuperar as suas forças E seguiu para os confins do reino á procura do próprio Diabo Depois de tanto tempo á procurar por tal besta ele vinha á encontrar Corpos pelo caminho E ao caminhar por este vale, sem cessar Eu sinto me aproximar á cada passo da escuridão Meu bravo coração espera um dia poder voltar logo então Avisto o demônio com sangue nas garras Uma vítima na mão E na minha uma espada O corpo então cai já sem vida no chão Esse desgraçado me pagará Voltarei com sua cabeça em minhas mãos Ele então olha bem no fundo dos meus olhos e disse Conheço seu coração Preso injustamente pra mofar naquela prisão Tive o mesmo destino, só achei uma solução Vender a minha alma pra me tornar aquele de quem todos falam De joelhos então a besta se prosta no chão ouvido o cavaleiro dizer Adeus pobre cão Antes de receber um golpe certeiro o demônio disse Leve este botão Foi a única lembrança que minha mãe deixou pra mim Antes de ser morta pelo rei sem coração Mãe querida e um pai que um dia á de morrer sem conhecer o meu perdão