[Romulo Boca] Abre-te Sésamo, um novo tempo, um novo êxodo Trazendo angústia igual gatilhos no escuro O curador da nova aurora horrenda ao repetitivo É quem vós canta Meu linguajar é vasto nessa multa Putas, disfarces e Holocenos Bem-vinda a nova safra de reis obscenos De falsos acenos, de letais venenos E de sonhos em seus leitos pequenos Exijo a parte da discórdia dilatando sua córnea O efeito contra corja forja a raiva que entoja Os trovadores e os trovões, as cruzes e cifrões Os falsos em seus pódios, os viscerais em seus porões Quem fode sua manada ditando, assim, os seus padrões? Quem anda romantizando os seus desertos, seus colapsos? Lápis em lapsos pra por pra perto O que tu esquece quando dorme ressentido E acorda deprimido, engula essa letra, tome seu comprimido [Xamã] Opiniões divergem e nas fachadas quebra a culpa Ya ya ya Raízes bifurcadas enterradas no concreto Ya ya ya [Xamã] Preciso organizar minha vida adulta, mano Entre escolhas certas, erradas e avulsas Se sua mãe a batizou com vida O mundo apelidou de morte por tentar fugir a regra Agora qual é o plano? Entre assombros e desejos da cidade Protegido é quem tá fora ou dentro das grades Um curador ferido nessa jovem face Costumes predatórios nesse habitat Dinheiro e poder, aqui palavras-chave Escolha uma dessas, tuas multifaces [Xamã] Opiniões divergem e nas fachadas quebra a culpa Ya ya ya Raízes bifurcadas enterradas no concreto Ya ya ya [Lucas Felix] Tipo Adriano, Imperador preso nas neura Entre ser Deus e não ter a grana da feira Entre ter aberto mão da infância pra ter relevância E se deparar com um futuro sem substância Minha geração é giz, bumbum de bebê, nariz sujo de talco Meus colegas de infância sumiram no álcool Outros preferiram levar chumbo Pra não ter que ver a mãe na fila do jumbo Mas esse nerd aqui deve ter vivido pouco Só um beatle preto e olha que temos nossa própria Yoko E se eu descolar quem disse, tá fodido Fiz decolar sem crendice esse projeto falido Serei plantado num jardim de homens quando morto Antes fico rico pra nenhuma tia puta Levar minha mina grávida pro aborto E até lá que se fodam suas intrigas, hits e feats semanais No fim serão como as flores na minha lápide: Artificiais Cartões postais do inferno Eu podia tá de terno mas me encontro enfermo Mas prefiro partir assim do que viver no meio termo Foda-se [Xamã] Opiniões divergem e nas fachadas quebra a culpa Ya ya ya Raízes bifurcadas enterradas no concreto Ya ya ya [Diomedes Chinaski] Provei que era mais bruxo que Aleister Crowley Pedra filosofal, a droga que enrolei Meu emocional como Rift Valley Me querem Lampião e não Bob Marley Porque desde que meu pai foi Percebi que deveria ser mais que demais, boy E que a vida nunca mais me deixaria em paz Alguns religiosos dirão que isso é Satanás Que Satanás! Canalizo a dor e aí produzo mais e mais Quem me salvou não foi o pastor, foi o Racionais Aqui eles te espancam por causa do CEP Deixam teus ossos quebrados pra roubar teu cap Sujo como os bastidores da porra do rap Meus irmãos fazem balão, não codeína e dab Só que tudo tem seu jeito, seu conceito, seu karma Não entendem como conseguir respeito sem armas [Xamã] Opiniões divergem e nas fachadas quebra a culpa Ya ya ya Raízes bifurcadas enterradas no concreto Ya ya ya