A cada passo dado eu renasço em glória Mas aquilo que me completa na direta me sufoca Há tanto mal não há resposta à toda essa indagação Essa noite minha cota é chapar na solidão E esse peso em minhas costas e tanta escolha perigosa O mal eu quero conhecer pra passar reta pela porta Nesse rap uma proposta te levantas desse chão Não caminhe em linhas tortas busque a tua evolução Será pela informação a nossa revolução De palavras ando armada, eu trago muita munição Sociedade Cão, nas tuas leis, andei Mas nas eras deste mundo ao submundo me encontrei Quando cai notei o quão bem me levantei A mágoa guardei no bolso, fui pra rua caminhei E na rua me formei, conheci o mal de perto Ainda não me acostumei com as maldades deste inferno Senhor sempre te peço nos meus versos em devoção Resgata da babilônia os nossos irmãos Que estão perdidos, sem rota, sem destino No pino, no cachimbo, quem merece esse castigo? Nascer, crescer, destinado a ser bandido seria um homem de sucesso, menino prodígio Se tivesse uma chance, educação e incentivo Este filme nós já vimos, não mais comove a nação Estamos tão habituados com a nossa destruição Irmão matando irmão Pela cor, pelo cifrão Nossa devastação glória da televisão Quem foi o vilão que criou essa porcaria? Armamentos pesados mandados pra periferia Estancou sangue pisado no quadro de uma família Pro coração daquela mãe se espatifar na avenida Essa máquina que gira, gira, não para de girar Há fome, há sede, não para de girar Há medo, há tiros, não para de girar Desde os tempos antigos e ela nunca vai parar E ela gira, gira, gira, gira girada pelos boy pra fode a periferia Essa máquina que gira, gira, gira Girada pelos boy pra foder a periferia