Por mais uma vez eu me traí, sem medo das promessas que nossos lábios jogaram ao vento. Sim! Eu lamento...por cada noite em que nos enganamos e sim perdemos hoje por pensar em eternamente... Eu pensei que doeria menos quando entendesse ser tão incapaz de decifrar tudo o que restou no ar, se é que algo sobrevive ao silêncio amargo! Em que eu me refugiei todos os dias em que o espelho condenava este rosto esquálido... A enxergar o vazio que fazia moradia de seu olhar, pois já não espera nada além de um mundo com os braços abertos, com um punhal entre os dedos... Então me diz onde nós perdemos a nós mesmos? Quem sabe assim exista alguma esperança esquecida entre as cinzas, que fizeram mortas as flores de nosso jardim. Onde enterramos os sonhos que pensamos que jamais morreriam e perderiam seu encanto...