Meu coração é maior que o mundo Amei bandidos sujos e trôpegos Amei todo o tipo de vagabundo Amei teu amor, mesquinho e roto Amei teu verbo inútil e imundo Amei a verdade de quem tá no topo E tu me deixou num segundo E me soterra no submundo Os teus olhos com pura delicadeza Trouxeram a esperada primavera Embebido em tamanha beleza O inverno, essa indomada fera Não resistiu a sua delicadeza Dizem que a vida é uma quimera Pelo amor e sua eterna avareza Eu já desisti, mas quem me dera Florescer vigoroso na tua incerteza Amei o teu corpo encantado Imprimindo o prazer oriundo Do genuíno viver sem pecado Cai, sobre a mesa, o coração vagabundo E segue batendo, num castelo abandonado O resto é, por si só, rotundo Igual a um boêmio inveterado Que ri do sofrimento mais profundo Os teus olhos, com pura delicadeza Trouxeram a esperada primavera Embebido em tamanha beleza O inverno, essa indomada fera Não resistiu a sua delicadeza Dizem que a vida é uma quimera Pelo amor e sua eterna avareza Eu já desisti, mas quem me dera Só vemos o que temos condições de olhar Só temos o que tempos por saber amar demais Mesmo que nunca volte atrás Só vemos o que temos condições de amar Vivemos nesses tempos por saber olhar a mais Mesmo que nunca volte atrás Os teus olhos, com pura delicadeza Trouxeram a esperada primavera Embebido em tamanha beleza O inverno, essa indomada fera Não resistiu a sua delicadeza Dizem que a vida é uma quimera Pelo amor e sua eterna avareza Eu já desisti, mas quem me dera Florescer vigoroso na tua incerteza