Tom: C
Dm A7 Dm
Quando bate sobre a quincha do meu rancho, uma garoa fria e calma
A7 Dm
Eu atiço o fogo das lembranças pra aquecer a minha alma
A7 Dm
O tique-taque o relógio até parece, por momentos se aquietar
A7 Dm
Sem dar as horas pra noite, nem o açoite do minuano a murmurar.
D7 Gm C F
Penetrando pelas frestas da varanda, em assovios prolongados
Dm Eb A7 D
Rebenqueando com os braços da figueira lá na ponta do telhado.
Refrão:
D A7 D
Acompanhando essas belas melodias e as harmonias que a inspiração traz ao ar
A7 D
Deixo meus dedos se espalharem sobre as cordas, num bordoneio que acorda meu cantar
D7 G E A
Sorvendo o amargo da saudade, eu não me calo, canto milongas pra "olvidar" velhos amores
G A7 D F A7 Dm
Um índio taura não se "achica" pros pealos, nem passa o tempo ruminando dissabores
Dm A7 Dm
Algumas flores pela volta ainda progridem, foram plantas por ela
A7 Dm
Escuto as garras espinhosas das roseiras arranhando minha janela
A7 Dm
Me deparo no portal dos pensamentos, olho ao longe nas memórias
A7 Dm
O velho cusco num costado se acomoda, nas cinzas de outras histórias
D7 Gm C F
Quando a china ainda não era só "recuerdos", partilhava em noites frias
Dm Eb A7 Dm
Do aconchego do meu poncho e dos pelegos nestas horas tão vazias.
Refrão: (No final repete a última frase)
G A7 D A7 D7
Um índio taura não se achica pros pealos, nem passa o tempo ruminando dissabores
G A7 D A7 D G D
Um índio taura não se achica pros pealos, nem passa o tempo ruminando dissabores.