De 1996, mano, a vida me cobra Eu cheguei na revolta, RAP conforta e me mostra a porta Um acerto não nota, mas o erro nota, eu sei que nota! Eu sei que é foda, não ter dinheiro, psiquismo é um abismo Pensando em merda o dia inteiro! Quando tá bem, o esquema tá tudo ligeiro Quando tá mal? Ae, cadê seus parceiro? Carro cata puta, sempre catô as puta Puta não é pegar geral, é outras fita, falta de conduta Vagabundo também usa da humildade pra crescer na sua Já vi na maldade do olho dessa rua No olho do guerreiro, gota clara e salgada E olha como veio, veio sem ser convidada E a vida é cíclica, não tô aqui pra explicar O problema é que ela já se sente em casa...se sente em casa! Passo a receita, que cura e tira do tédio, que tira o mano de cima do prédio Auto estima é progresso, viver com medo é retrocesso Meu mano é retrocesso, aê ladrão é retrocesso! E eu falei, falei das dores, amigos, amores, abraços De tudo que faço, de tudo que traço Quem sabe um compasso, um dia possa te ajudar E linhas, um laço, difícil de desatar Faço RAP sim, faço assim, fácil assim Acaba que esse remédio é bom pro cê e bom pra mim Espero que o barulho no ouvido seja RAP e din Vê meus coroa, num tapete cor carmesim Agora sim, mas faz um tempo que eu me sinto só Mas tenho certeza que amanhã vai ser melhor E essas neurose passa, na folha desembaça Palavras mal-ditas se tornam malditas, e palavras não ditas? Meu mano como é que fica? Então se a trilha é complicada? Eu sou complicado, nós se complica e na batida é compilada Eu compus cada letra como se fosse a última, use sem moderação até curar Até calar cada playboy que me chamou de boy A dose que me cura, é a mesma que te destrói Aê, filha da shhh, me passa a voz!