Trago rendilhas de sonhos pra tironear o bocal E deixar doce de boca a vida de ser rural Nessa alma teatina brotam ilusões de campeiro Dois mundos que se atropelam num coração caborteiro Um teima em suas origens De tapejara da estância Outro procura uma estrada Sem se importar com a distância Mas aos poucos minhas razões vão cedendo em suas vontades E vejo o campo mais longe e mais de perto a cidade É como o romper de um elo separando pai e filho Um fica remoendo mágoas, outra parte é andarilho Pois me ausentei dos arreios Sem impedir o destino Hoje sou mais povoeiro Com alma de campesino.