Uma janela enfeitada Que ninguém contradiga Parece não dizer nada Tem tanto que se lhe diga Nas flores com que se enfeita A rua vai dar mais graça Mas cuidado com quem espreita Lá por trás da vidraça De janela pra janela Sabem da vida de toda a gente Fala se desta e daquela Mora ao lado ou mora em frente Entre dois vasos de flores Falam de amores ou de novelas E ninguém mais tem direito A ser perfeito a não ser elas E ninguém mais tem direito A ser perfeito a não ser elas Na varanda debruçada A vizinha do primeiro Parece não dar por nada Mas fala do mundo inteiro E correm de boca em boca Novidades de mão cheia Que a má língua é sempre pouca Para cortar na vida alheia De janela pra janela Sabem da vida de toda a gente Fala se desta e daquela Mora ao lado ou mora em frente Entre dois vasos de flores Falam de amores ou de novelas E ninguém mais tem direito A ser perfeito a não ser elas E ninguém mais tem direito A ser perfeito a não ser elas Entre dois vasos de flores Falam de amores ou de novelas E ninguém mais tem direito A ser perfeito a não ser elas E ninguém mais tem direito A ser perfeito a não ser elas