Mano, eu tou tentando ver ela do outro lado do mar Antes que os passos dela não repassem o ecoar Maria, vai, me chama logo pra tua paz Tou na nóia com os zóio de lula mirando meu cais Gritos de guerra contra as auras ruins Grupo pequeno mas que incomoda como maruim Então, mano, não importa mais quem começou Só quero a sombra que o sol dominou, a maresia que o céu encontrou, oh Tou dichavando a revolução nas ondas de uma calçada Logo sua percepção não mudou nada Nem quebra-vento ameniza a brisa que vem até mim Vou daqui até o horizonte, me acha lá no fim Castelos de areia somem na velô do som Me torno rocha resistente a toda erosão Ondas que batem me acalmam num efeito inverso Com uma dessas eu escrevi esse verso Deixe viver, deixe ficar, deixe estar como está Deixe viver, deixe ficar, deixe estar como está Os mesmos versos que destroem seu castelo levantam o meu É a lógica de um reino, cada um pelo seu Em tempos de guerra, e eu só querendo meu espaço E montam templos da guerra à sangue, pólvora e aço O dia passa, horas se estendem As pessoas ao redor nunca me entendem Pode ver meus olhos, mas não pode ver minha alma Mano quer arrumar treta mas só pode ver minha calma Já se foi aquele tempo, agora eu 'tou melhor Hoje eu só me prendo a tudo de bom nessa vida corrida feito um nó E feito um bloco de carnaval, meu som incomoda quem quer o meu mal Mas eu sempre toco muito no fone de cada idiota que duvida que eu sou real Eu sopro o futuro bem na cara de vocês Olhos vermelhos amanhã, eu vi demais dessa vez Só me permito, nunca forço, apenas aceito O flow é trip que me deixa solto tipo arroz bem feito E eu caminho só, homem na estrada No fone o brown me guia no ritmo das passadas Suas vestes de cordeiro não tem mais valor Ouço as batidas atravessadas do coração de um traidor Tá tudo meio lento agora igual burocracia Sou um rebelde original, vou só na dulce maria Deixe viver, deixe ficar, deixe estar como está Deixe viver, deixe ficar, deixe estar como está Castelos de areia somem na velô do som...