Tom: F
Em
Era uma vez um poeta
Os olhos bons de profeta
B7
Transcendiam nhu-porãs
As mãos de cerne e lonjuras
Cevavam rimas maduras
Em
Pro mate dos amanhãs
Mateava com o rio à frente
E o pensamento presente
B7
Afastava-se com calma
Seu olhar era uma pomba
Sorvendo o rio pela bomba
Em
Para os remansos da alma
E assim imerso no amargo
B°
Viola de canto largo
E7 Am
Se vestiu de poesia
Em
Sentado ao fogo pensava
F#
Mas de repente voava
B7 E
Nos versos que lhe surgiam
O costume se conserva
Embora se troque a erva
B7
Não se perdem ideais
O mate nunca é lavado
Pois se descobre o passado
E (Em)
Nos avios de quem se vai. (2x)
Em
Tudo isso, ainda penso,
B7
Neste fogo que eu incenso
Em
Os olhos e o coração
Am
E uma saudade perdida
Em
Vai na lágrima fugida
B7 Em
Que cai no meu chimarrão.
Em B7
Onde andará o barranqueiro,
Em
Mateando luz no pesqueiro
Am
De uma nuvem terna e branca
Em
Que o pranto alegre que larga
B7
É o sereno que embriaga
Em
Nossas noites na barranca...
O costume se conserva
Embora se troque a erva
B7
Não se perdem ideais
O mate nunca é lavado
Pois se descobre o passado
E
Nos avios de quem se vai. (2x)
(C7)
F
O costume se conserva
Embora se troque a erva
C7
Não se perdem ideais
O mate nunca é lavado
Pois se descobre o passado
F
Nos avios de quem se vai.