No fundo da terra corre um rio aluvião Meu amor derrama um litoral Move o maremoto, chove a inundação Queima a raiva dentro do vulcão Sopra um frio, venta o vendaval Gira a terra em torno ao sol No fim da avenida passa um bloco de carnaval Confundindo os tiros de fuzil Meu amor é escravo num canavial É sem terra e descobriu o Brasil Meu amor é seca no sertão Vende flores num sinal Na primavera Meu amor é uma andorinha Vai pairando na espera Lá de lá das alturas Enquanto prepara O grande verão