No cavalo do destino Galopei pro mundo afora Para vir vivi momentos Para ir não sei a hora Nos campos do pensamento Vejo alguém que ainda chora Minha mãezinha querida Dando a triste despedida Disse adeus e foi embora No cantil gelo de pranto E o laço do amor As esporas da saudade Repicando minha dor Meu inimigo secreto Um favor já me negou Em minha hora precisa A derradeira camisa O amigo me tomou Levo em minha garupa A viola competente E vou abrindo porteiras Que estiverem pela frente Buscando a felicidade Vou caminhando contente Recebi muitos sinais Ajuda de animais E também coices de gente Se alguém me estranhou Por eu ser filho do mato Trabalhei igual um burro Para encher vosso prato Na cavalgada da vida Tem coração muito ingrato Não é só os filhos seus Também sou filho de Deus E mereço o mesmo trato