Meus pés esfolados sobre as pedras quentes se rasgam rastejando a corrente ferrosa Eu inalo as cinzas dos mortos e sou contaminado com sua fraqueza Um fugitivo castigado pelas próprias lembranças ouvindo do outro lado do vale o choro dos cem mil que caíram Toda sorte de um genocídio um plano frio e covarde A Corrente Brutal que me prende onde carrego meus pecados por um preço alto me tirou do exílio você espera por mim Mas seu coração entra em conflito toda vez que penso em voltar Há quatro luas negras me espionando cada vez mais distantes Eu vou sumindo de sua vista consumido pela dor desapareço no horizonte Todos os que tentaram me destruir guardam agora a terra maldita de onde tirei meu plano de fuga onde a Corrente me encontrou Sei dos seus pesadelos estou neles todas as noites Só um deles pode me achar eu vi a criatura quando estive ao seu lado Ouvi tua voz sussurrando e em teus lábios eu li ambição por isso te deixo Sofrendo por teu engano nesse lugar de tormento junto com os milhares que caíram Neste momento estou no caminho rastejando a corrente ferrosa ironicamente me leva pra casa Não me preocupo em que direção estou os Pontos Cardeais não existem