Firma o tambor pra rainha do terreiro É negritude, Salgueiro Herança que vem de lá Na ginga que faz esse povo sambar Senhoras do ventre do mundo inteiro A luz no caminho do meu salgueiro A me guiar, vermelha inspiração Faz misturar ao branco nesse chão Na força do seu ritual sagrado Riqueza ancestral Deusa raiz africana Bendita ela é e traz no axé um canto de amor Magia pra quem tem fé Na gira que me criou É mãe, é mulher, a mão guardiã Calor que afaga Poder que assola No vale do Nilo, à luz da manhã A filha de zambi nas terras de Angola Guerreira, feiticeira, general contra o invasor A dona dos saberes confirmando seu valor Ecoou no Quariterê O sangue é malê em São Salvador Oh matriarca desse cafundó A preta que me faz um cafuné Ama de leite do senhor A tia que me ensinou a comer doce na colher A benção mãe baiana rezadeira Em minha vida seu legado de amor Liberdade é resistência E a luz da consciência A alma não tem cor