André Teixeira

Assoviando a Quero-mana

André Teixeira


E eu vinha chamando a ponta
Assoviando a quero-mana
O boi tranqueia olfateando
A cola do meu Tordilho
Com quatro dias de tropa
Segue até onde desencilho

E eu vinha chamando a ponta
Assoviando a quero-mana
Me toca um quarto de ronda
E eu só lembro da fulana
E não me sai do assovio
Essa mesma quero-mana

Se o mundo desaba, eu tenho
Bem sentado no lombilho
Meu poncho azul contra a chuva
E as confiança' no Tordilho

Meu sombreiro, flor de abobra
Desabado contra o vento
Protege o meu assovio
E a quero-mana, eu sustento

Ao tranco à noite na ronda
A gadaria reclama
Lembrando a minha saudade
Que se esvai da quero-mana

Já não me sai da memória
A canção em que ela chama
Nem sei bem se ela me quer
Mas não esqueço a fulana

E amanhã de manhã cedo
Eu sigo a mesma proclama
E chamo a ponta assoviando
Essa mesma quero-mana

E amanhã de manhã cedo
Eu sigo a mesma proclama
E chamo a ponta assoviando
Essa mesma quero-mana

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