Bob, as velhas cruzadas Foram partilha de estradas Doce esteio de poesia Nosso norte era o dia Da consciência iluminada Tua voz viajou na lufada Encheu minha vida vazia Sem culpa e de alma nua Escriba de versos na lua Não carecia mais nada O vento virou de repente Arrancou nossos cabelos Enquanto caíam os dentes Perdeu toda a simplicidade Murchou a flor da idade Por isso, parceiro, te digo Serás sempre caro, amigo Mas agora o que importa É a segurança no abrigo Passar a chave na porta Agora eu não sonho mais Nem quero olhar para trás Desisti daquelas promessas E hoje procuro às avessas Outro conceito de paz O mundo é carga pesada E a vida levada na marra Banal e tão desfilosofada Ninguém ouve tua guitarra Nem mesmo remasterizada Mas resta alguma saudade Entre o desejo e o lamento Escuto o murmúrio do vento Cantando aquela verdade Que foi esquecida no tempo. Wasil sacharuk