BRAZA

Chão Chão Terra Terra

BRAZA


Amor não tem sinônimo
Alma não tem gênero
Poder não é virtude
E a vida é sopro efêmero
Chão, chão. Terra, terra
O ser humano erra

Chão, chão. Terra, terra
O ser humano erra
Macaco semideus, que ama os seus
E faz a guerra
No vagão lotado, o artista improvisa
Telas planas te vendendo o que você não precisa
No vagão lotado, angústia não tem cor
É rosto cansado, esperança e camelô
Uns querem viver, batalhar e crescer
Outros tem prazer em ver neguinho perder
Pensamento limitado, chame como for
Espírito de porco no chiqueiro do rancor
Contra qualquer perverso é rajada de verso
E a fé inabalável na justiça do universo

Amor não tem sinônimo
Alma não tem gênero
Poder não é virtude
E a vida é sopro efêmero
Chão, chão. Terra, terra
O ser humano erra

Pré-conceito e pós-verdade
No gueto e no gold, a vida arde
Liquida modernidade, encruzilhada
Nem a máscara mais cara não mascara nada
Onde filho chora e a mãe chora junto
Aos 12 um moleque já cansou de ver defunto
E de barriga vazia, não tem ideologia
Nada a perder, nem por favor e nem bom-dia
Quando você chora e não sai lágrima
Quando você grita e não sai som
Quando você vai e vira a página
Constrói seu propósito, seu dom

Amor não tem sinônimo
Alma não tem gênero
Poder não é virtude
E a vida é sopro efêmero
Chão, chão. Terra, terra
O ser humano erra

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