Cezar e Paulinho

Homem Triste

Cezar e Paulinho


Não é ouro nem diamante, é grão de areia
Pois tudo isso para mim é ilusão
Não são de ferro nem de aço minhas veias
Não é de pedra meu pobre coração

O diamante corta o vidro, corta o aço
O ouro compra quase tudo nessa vida
Mas nada disso compra esse meu fracasso
Pois em meu peito a paixão formou ferida

Cada palmo, cada pedra dessa estrada
Tem uma história sepultada junto ao pó
Um homem triste vai seguindo a caminhada
Na longa estrada, leva a vida assim tão só

Nem o sereno, nem a chuva, nem o vento
Sabem ao certo por que levam a vida assim
Felicidade já não ouve meu lamento
Há muito tempo ela separou de mim

As nuvens claras, montanhas e campinas
Ficam me olhando quando vou estrada afora
Lá vai um vulto, oh meu Deus, que triste sina
Aceno, dobro a estrada e vou embora

Mas tem a chuva, tenho o vento como amigo
Que apaga o rastro, e leva tudo de rodão
Pode apagar todos os vestígios de um mendigo
Mas não apaga a cicatriz de uma paixão

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