Tom: E
E
No canto das toscas paredes
F#m7 B7
Armadas as redes crianças dormindo
E C#m7
Farejando a caça na toca
F#m7
O cão se sufoca
B7
Inquieto latindo
A B/A
A Lua afagando a mata
G#m7 C#m7
Com um brilho de prata a leste saindo
F#m7 F#7
No toco onde a coruja pia
B7
repousa a cutia seus raios luzindo
A/C# B/D# G#m7 C#m7
É esta hora sertaneja que o velho deseja quando recordar
F#m7 F#7 B/D# B/F#
Pois ele habitou o sertão e tem um coração amando por la
A C#m7 F#m7 E
Aprendeu a amar natureza, zelou tão bem seu pomar
F#m7 A7 E E7 F#m7 E E7 F#m7 E A E A E
E até o pó da seca terra que levou a guerra aprendeu amar
E F#m7 B7
No instante da linda alvorada após a madrugada viu o nascer do sol
E C#m7 F#m7 B7
Na entrada do oco do ninho pousa de mansinho e canta o rouxinol
A B/A G#m7 C#m7
Na beira do rio corrente via saliente o curvo caracol
F#m7 F#7 B7
No campo quantas flores belas, rosas e amarelas como o girassol
A/C# B/D# G#m7 C#m7
É esta hora sertaneja que o velho deseja para retornar
F#m7 F#7 B/D# B/F#
Á terra que lhe deu a vida e após a partida pra longe do lar
A G#m7 F#m7 E
Aprendeu a cultivar a terra e soube dela retirar
F#m7 F#7 B7 E
A massa que o mundo alimenta e a sombra acalenta seus filhos no lar
E F#m7 B7
Morando na grande cidade se sente um covarde vendo arranha.céus
E C#m7 F#m7 B7
Milhões de vozes soam em peso é como viver preso em grades de fel
A B/A G#m7 C#m7
Servindo cimento dosado sendo observado parecendo réu
F#m7 F#7 B/D# B/F#
E ao rosto triste envergonhado, molhado e suado não cobre o chapéu
A B/A G#m7 C#m7
Recorda a hora sertaneja que o velho deseja para trabalhar
F#m7 F#7 B/D# B/F#
A foice dobrando a madeira, o cavalo em carreira, a enxada e a pá
A G#m7 F#m7 E
Reconhece o valor do nordeste e sonha em breve regressar
F#m7 F#7 B7 E E7 F#m7 E E7 F#m7 E
A terra onde a seca é feroz e que não tem algoz para o maltratar
E F#m7 B7 E
No canto das toscas paredes armadas as redes crianças dormindo.