Essa é uma canção pra’ra esquecer Toda essa dor de ser uma falha intergeracional Com todos esses problemas de orientação sexual Essa é um canção pra’ra que toda a dor da rejeição Se esboroe no ar gélido da cidade que habito, por ora Mas que é apenas passageira Nessa vida arteira Essa madrugada eu canto bem baixinho Pra’ra não incomodar nenhum vizinho E penso sobre a música atonal E as questões de frequência E de ordem espectral Que nos fazem arrepiar quando expostos à tônica E à cadência plagal Por isso eu canto Ascendendo minha aura itinerante