Tom: A
A
Eu canto côco, canto côco miudinho
Moído lá no moinho pelas pás dessa nação
D A
Feito das brisas de uma flauta de taboca
E A
Faz gente sair da toca e arrastar pé nesse chão
A
Sem brincadeira juro tô falando sério
Desvendo qualquer mistério e desafio assombração
D A
Por uma chance de soltar minha voz no mundo
E A
Não para nem um segundo me alimento da canção
A
Eu canto côco, canto côco firme e forte
Sou do sul mas vim do norte
Visto a cor do meu país
D A
Trago no sangue o swing lá da bahia
E A
Misturo na poesia versos de vários brasis
D A
Quem canta esse côco da gente
D A
Quem toca com palma de mão
E Em
No peito já brota a semente
E A
Dos olhos já brota a nação
A
A minha terra é um país que é continente
De sotaque diferente mas de sonho tão igual
D A
Sonhos sonhado, esquecido, resgatado
E A
Encardido, perfumado, impossível, mas real
A
Eu canto côco, galope, baião, xaxado
Com gente boa do lado eu canto tudo que eu quiser
D A
Eu sou totinha de estatura pequenina
E A
Do sorriso de menina e dos olhos de mulher
D A
Quem canta esse côco da gente
D A
Quem toca com palma de mão
E Em
No peito já brota a semente
E A
Dos olhos já brota a nação
A
A voz me guia pela rua da saudade
Pelo beco da verdade sob a ponte da ilusão
D A
Sou andarilha improviso cada passo
E A
Mas não saio do compasso levo a rima pela mão
A
Eu canto côco, toco côco, danço côco
E alegria pouco pouco levo pra todo lugar
D A
A vida passa com sua pressa costumeira
E A
Ouve a nossa brincadeira e para um pouco pra dançar
A
E ela canta com sua voz jovem idosa
Jatobá, botão de rosa, donos da mesma raiz
D A
Na terra fértil de um povo que acredita
E A
Que tal vida é tão bonita que ainda dá para ser feliz
D A
Quem canta esse côco da gente
D A
Quem toca com palma de mão
E Em
No peito já brota a semente
E A
Dos olhos já brota a nação