Maurício Gringo

Gratidão a Leopoldina - Augusto dos Anjos (Espírito)

Maurício Gringo


Sem o vulcão de dor de hórridas lavas
Beija, Augusto, este solo generoso
Que te guardou no seio carinhoso
O escafandro das células escravas

Aqui, buscaste o campo de repouso
Depois das vagas ríspidas e bravas
No mundo áspero e vão, que detestavas
E onde sorveste o cálice amargoso

Volta, Augusto, do pó que envolve as tumbas
Proclama a vida além das catacumbas
Nas maravilhas de seus resplendores

Ajoelha-te e lembra o último abrigo
Esquece o travo do tormento antigo
E oscula a destra de teus benfeitores

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy