Maurício Gringo

Natal de Maria

Maurício Gringo


Noite, Natal!

Na hora derradeira
Sozinha num brejão, com sede e fome
Morre jogada à febre que a consome
A velhinha Maria cozinheira

Lembra o Natal dos tempos de solteira
Olha a esteira enrolada e o chão sem nome
Mas, de repente, vê que tudo some
Está livre do corpo e da canseira!

Ouve cantos no céu que se descerra
Glória a Deus nas alturas!
Paz na terra

Maria, sem querer, sobre espantada
Nisso, irrompe do azul divina estrela
Alguém surge!
É Jesus a recebê-la
No sublime clarão da madrugada

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