Moniz Trindade

Fado do Barrete Verde

Moniz Trindade


Barrete verde e jaqueta
E a cinta preta toda franjada
Atrás dos toiros mais lestos
Quandos os cabrestos vão de abalada
Segue o caminho da praça
E o gado passa como um foguete
Esperas de toiros é esta
A melhora festa que há n'Alcochete

Há sempre um toiro na calha
Que se tresmalha, que faz das suas
Ninguém supõe a alegria
E a valentia
Que andam nas ruas
Depois é ver as faenas
Que são apenas pronúncios d'arte
Pegas com palmas e brados
Porque há forcados
Por toda a parte

Barretes verdes, campinas
Brancas salinas, gente modesta
Que atira ao ar o barrete
Quando Alcochete se encontra em festa
Que andar no mar é seu fado
E o Tejo irado não lhe faz mágoa
Que vive alegre e contente
Porque é só gente da borda d'água

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy