Meu pingo encilhei, minha gaita peguei E me bandiei para são Vicente Fui para animar um fandango gaucho E com muito luxo lá estive presente. O povo reunido lá me esperava Com muita ansiedade naquele ambiente Na boca da noite lá eu fui chegando Logo percebi a platéia vibrando E lá pelos cantos as moças cochichando Umas pras outras: - Que guasca pra frente. E o povo todo já gritou na hora Este vivente que chegou agora Seu apelido é guasca de fora E agora veio com o guasca pra frente. Abri a minha gaita floreio teclado Um s versos rimado me veio na mente O povo pediu que eu cantassem, eu cantei Cantando saudei a platéia presente Logo recebi vários elogios O povo aplaudiu eu me senti contente Ganhava o aplauso que o artista precisa Era um comentário e um bater de guizo As moças falando: Que guasca pra frente. Parei de tocar, minha gaita fechei Quando uma gaucha muito gentilmente Com muito carinho ame apertou a mão O meu coração fitou de contente Ele me falou gaucho querido Me atenda um pedido e cante novamente Eu entusiasmado lhe disse que sim Abri minha gaita, teclas de marfim E minha garganta que era um clarim Lhe mostrei assim que sou um guasca pra frente. A hora chego, o baile terminou Eu me despedi da platéia presente Na vida do guasca que eu vou levando De viver cantando eu sinto contente Mesmo muitas vezes sendo criticado Mais este ditado não acho indescente Por isso que as por onde eu ando Muitos egoístas estão me criticando Eu faço de conta que nem to ligando Estando cantando sou guasca pra frente. Me dão licença que já vou embora Com a intenção de voltar outra hora Saio cantando pelas estrada a fora Agora sim, sou um guasca pra frente.