Nem a água será espelho Nem a cinza, negro negro Nem o voo será um traço Original e perfeito Nem o riso será do louco Nem o sacro será do luto Nem o mal fruto do acaso Nem o bem, o mel do justo Quando o negro negro de seus olhos Se espalhar na natureza Nem aves de aviguação Habitarão a tristeza Quando o negro negro de seus olhos Se espalhar na natureza Nem aves de aviguação Habitarão a tristeza Se quer a forma do pó O vivo dará ao morto Nem o amargo da boca Tirá do amor o seu gosto Não quero saber o nome Da fera comum das ruas A forma cruel de luas Que ordinária nos consome Quando o negro negro de seus olhos Se espalhar na natureza Nem aves de aviguação Habitarão a tristeza Quando o negro negro de seus olhos Se espalhar na natureza Nem aves de aviguação Habitarão a tristeza...