Tom: A
A E
Já não se houve um estouro de boiada
A
E o berrante certamente emudeceu
E
Já não se ouve mais o grito de um carreiro
A
Infelizmente tudo desapareceu
E
Daquela estrada que passava boiada
A
Abandonada o asfalto cobriu o chão
A7 D
Fico sentado na soleira do alpendre
A E A
Boiada ali só na imaginação
E
Vai saudade
D E A
Vai acabando com esse velho amigo seu
E
Não tem carreiro, não tem boi, não tem boiada
D E A
E o poeirão da estrada também desapareceu
A E
Por quantas vezes transportei nessa estrada
A
Carga pesada que trazia do grotão
E
Longe se ouvia um cantar bem duetado
A
Bem apertado no chumaço e no cocão
E
Do coice tinha boi bordado e canário
A
E lá no meio ouro preto e campeão
A7 D
Os bois de guia pente fino e numerado
A E A
Que atendia só no guizo do ferrão
E
Vai saudade
D E A
Vai acabando com esse velho amigo seu
E
Não tem carreiro, não tem boi, não tem boiada
D E A
E o poeirão da estrada também desapareceu
A E
Hoje tão triste recordo o meu passado
A
Fico lembrando dos bons tempos que se foi
E
Vejo meu carro lá de baixo da paineira
A
Tá sem esteira é tão triste sem os bois
E
Não tem cocão, não tem chumaço e nem fueiro
A
Não tem carreiro e o cabeçalho está no chão
A7 D
E nessas horas os olhos choram sem querer
A E A
Parece um sonho vejo tudo num telão
E
Vai saudade
D E A
Vai acabando com esse velho amigo seu
E
Não tem carreiro, não tem boi, não tem boiada
D E A
E o poeirão da estrada também desapareceu