Mauro Moraes

Matando a Pau

Mauro Moraes


Num caminho de luz										
Que a tropa projetava dentro da noite,										
Com que prazer me encontrava										
Sujeitando a manada...										

Até formar um bom cavalo,										
Pra o aparte e as pechadas,										
Vou amadrinhar uma tropilha										
(E fazê-la parar à mão, no campo,										
Golpeando até morrer,										
Agarrado aos animais de vez em quando.) Bis										

(Meu mundo é um cavalo amigo,										
Comigo, sempre a camperear!) Bis										

Minha vista caiu sobre o rio,										
Levada pelo vício, e me toquei de volta										
Ao chamado casario de estância.										
Pedi rédeas das éguas 										
Que se distanciavam de mim,										
E aprendi com a tropa										
O porquê de juntar o sinuelo,										
Parar rodeio, cuidar do gado,										
Bocando o pasto, inxerir o laço,										
Vislumbrando o pago que me viu crescido...										
(Depois, me deixar quieto num canto,										
Assim "no más", 										
Por encanto ao que se deve gostar.) Bis										

(Mas bah!, que troço bagual,										
Montar e sair à cavalo atoa por aí!) Bis